8ºs Anos B e C - Língua Portuguesa - 03/09

 

Concordância nominal

concordância nominal trata especificamente da concordância de gênero e número que deve ocorrer entre um nome (o substantivo) e os outros termos da sentença (adjetivos, artigos, pronomes e até mesmo numerais). Além dessa regra geral, há casos específicos que podem gerar muitas dúvidas, como o que ocorre com as expressões “é proibido”, “menos”, “anexo”, “meio” etc.

Como se dá a concordância nominal?

Em uma sentença, quando o substantivo é acompanhado por outros termos, é necessário que haja concordância entre eles, isto é, os termos que acompanham o substantivo devem estar de acordo com ele em gênero (masculino ou feminino) e em número (singular ou plural).

A regra mais comum na língua portuguesa a respeito do gênero e do número dos substantivos é a de terminação das palavras de acordo com essas características:

masculino

feminino

singular

-o

-a

plural

-os

-as


Veja a frase a seguir:

Meu filho é bonito.

(pronome + substantivo + verbo + adjetivo)

Caso o substantivo da frase passe para o feminino, os termos que o acompanham terão que fazer a mesma transição para que haja concordância nominal.

Veja:

Minha filha é bonita.

(pronome + substantivo + verbo + adjetivo)

O mesmo acontece se alterarmos o número do substantivo (do singular para o plural):

Minhas filhas são bonitas.

(pronome + substantivo + verbo + adjetivo)

O substantivo pode ser acompanhado por adjetivos, artigos, pronomes e até mesmo numerais. Esses termos devem estar de acordo com o gênero e o número do substantivo que eles acompanham.

Embora algumas palavras da língua portuguesa não sigam a terminação mais comum (-o, -a, -os, -as), a regra da concordância nominal tende a ser a mesma sempre: o gênero e o número do substantivo definem o gênero e o número dos termos que o modificam.

 

Casos específicos de concordância nominal

Há, no entanto, alguns casos específicos de concordância nominal que geram muitas dúvidas. Vamos entender melhor o que acontece em alguns deles.

A palavra “menos”:

Por  ser uma palavra invariável, “menos” sempre será escrito dessa forma, mesmo quando acompanhar um substantivo no feminino. A palavra “menas" não existe.

Ela tinha menos caixas do que ele.

 

A palavra “anexo”:

Quando funciona como adjetivo, a palavra “anexo” (sem preposição) varia de acordo com o substantivo que acompanha:

·         arquivo anexo contém o relatório elaborado.

·         planilha anexa contém o relatório elaborado.

·         Os arquivos anexos contêm vários relatórios.

·         As planilhas anexas contêm vários relatórios.

Alguns gramáticos já aceitam a construção “em anexo.


A palavra “meio”:

Quando a palavra “meio” possui  função de adjetivo, ela deve concordar com o substantivo que qualifica:

·         Já passa de meio-dia e meia [hora].

·         Você é cheio de meias palavras.

·         Temos um milhão e meio [milhão] de votantes.

Tome cuidado para não confundir com advérbio “meio”, que não flexiona:

·         mulher está meio cansada. (“meio” altera o adjetivo “cansada”, e não o substantivo “mulher”, por isso exerce função de advérbio e é invariável).

 

Os termos “é necessário”, “é proibido” e suas variações:

Quando se trata especificamente desses  termos, os adjetivos deles podem ficar invariáveis se não houver artigo explicitando o gênero e o número do substantivo a que eles se referem:

·         É proibido entrada de animais.

·         É necessário sabedoria.

·         É permitido venda de mercadorias neste local.

No entanto, caso outros elementos acompanhem o substantivo, os adjetivos devem concordar em gênero e número:

·         É proibida a entrada de animais.

·         É necessária muita sabedoria.

·         É permitida a venda de mercadorias neste local.

 

Cores:

A concordância envolvendo cores gera muitas dúvidas. Na regra geral, as cores devem concordar com o substantivo a que se referem, quando são variáveis:

·         mochila é amarela.

·         Os lençóis são azuis.

Caso o nome da cor faça referência a um substantivo (laranja, rosa etc.), a cor é invariável.

·         As mochilas são laranja.

·         Os lençóis são rosa.

Quando o nome da cor é constituído de dois adjetivos (o segundo envolvendo tonalidades), costuma-se deixar o primeiro invariável na forma do masculino e o segundo fazendo a concordância:

·         mochila é amarelo-clara.

·         Os lençóis são azul-escuros.

Porém, se o segundo adjetivo fizer referência a um substantivo, voltamos à regra da cor ser invariável.

·         As mochilas são verde-água.

·         Os lençóis são azul-celeste

 

Concordância Verbal

O verbo de uma oração deve concordar em número e pessoa com o sujeito, para que a linguagem seja clara e a escrita esteja de acordo com as normas vigentes da gramática.

Observe:
1. Eles está muito bem. (incorreta)
2. Eles estão muito bem. (correta)

O sujeito “eles” está na 3ª pessoa do plural e exige um verbo no plural. Essa constatação deixa a primeira oração incorreta e a segunda correta.

Primeiramente, devemos observar quem é o sujeito da frase, bem como analisar se ele é simples ou se é composto.

 

Sujeito simples é aquele que possui um só núcleo e, portanto, a concordância será mais direta.

Vejamos:
1. Ela é minha melhor amiga.
2. Eu disse que eles foram à minha casa ontem.

Temos na primeira oração um sujeito simples “Ela”, o qual concorda em pessoa (3ª pessoa) e número (singular) com o verbo “é”.

Já na segunda , temos um período formado por duas orações: “Eu disse” que “eles foram à minha casa ontem”. “Eu” está em concordância em pessoa e número com o verbo “disse” (1ª pessoa do singular), bem como “eles” e o verbo “foram” (3ª pessoa do plural).

 

Lembre-se que período é a frase que possui uma ou mais orações, podendo ser simples, quando possui um verbo, ou então composto quando possuir mais de um verbo.

 

Sujeito composto é aquele que possui mais de um núcleo e, portanto, o verbo estará no plural.

 Vejamos:
1. Joana e Mariana saíram logo pela manhã.
2. Cachorros e gatos são animais muito obedientes.

Na primeira oração o sujeito é composto de dois núcleos (Joana e Mariana), que substituído por um pronome ficará no plural: Joana e Mariana = Elas. O pronome “elas” pertence à terceira pessoa do plural, logo, exige um verbo que concorde em número e pessoa, como na oração em análise: saíram.

O mesmo acontece na segunda oração: o sujeito composto “cachorros e gatos” é substituído pelo pronome “eles”, o qual concorda com o verbo “são” em pessoa (3ª) e número (plural).

 

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